segunda-feira, 1 de setembro de 2008

redescoberta

É interessante conhecer alguém deficiente.
Há poucos dias esteve um pela minha aldeia. Filho de “pai solteiro” e com evidentes dificuldades mentais que em nada o diminuem, tem um dos meus primeiros nomes e a minha idade. Perguntou-me em conversa amena de café:
- És casado?
- Não…
- Não te casas?
- Não…
- (…) ?
- :-) não… gostava de ser padre!
- Ah… e eles não se casam?
- Não, não podem nem querem.
- Fogo… eu já não queria ser padre, quero-me casar, ainda me chamam maluco…
Realmente, se fossemos limitados e finitos não fazia sentido nenhum ser padre, como não faria ser cristão. Quem assim pensa não consegue perceber que alguém se esqueça de si mesmo e se entregue a Deus, ainda que tenha de amar os outros de forma tantas vezes diferente da que eles gostariam.
Obrigado amigo!
Ainda em relação aos deficientes, gostava só de lembrar que ganharam 5 medalhas de ouro nos paralimpicos de Atenas, mais do que em todas as participações olímpicas portuguesas…

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