quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"relação" categoria "Teo-antropológica"

A nossa fé acredita que somos imagem e semelhança de Deus. E somo-lo de facto em vários pontos. Mas a relacionalidade é o que nos torna melhor imagem e nos confere maior semelhança.
Dizer que o homem é pessoa é precisamente apresentá-lo como ser "relação".
Esta relação vemo-la na criação, onde Deus coloca o homem à sua frente, à frente das outras coisas criadas e de um "tu" igualmente humano.
A pessoa é substancia e relação e pode mesmo dizer-se que há uma certa identificação, ou pelo menos, não há um substancialismo "des-relacional" e uma relação "des-substanciada".
É por isso que a categoria relação tem sido cada vez mais valorizada quer nas actividades infanto-juvenis, quer nos processos de descoberta de nós mesmos e da nossa vocação. O seminário não é excepção. Também aqui deve ser apreciada sem medo de sobrevalorização por vários motivos... a nossa vida com Deus, connosco próprios, com os outros, a capacidade agora demonstrada é a que vai ser usada para fazer presbitério, por exemplo. Mas é também a base para um celibato fiel e alegre, para ser vivido não como um peso mas como um Dom.
A capacidade de estabelecer relações sãs é mais um ponto importante do mais recente documento da congregação para a educação católica, de que vos tenho vindo a falar...

Sem comentários: