domingo, 2 de março de 2008

Dentista II

Sexta foi dia de voltar à cadeira do dentista. Estou a pensar comprar uma para o meu quarto, porque dá-me uma inspiração acima da média, da minha média.
Desta vez a senhora doutora limpou as impurezas que ainda restavam no dente. A quaresma e a vida toda deve servir para nos limparmos das coisas más que realizamos ou das boas que deixamos por fazer.
Senti então que tinha um buraco no dente e que não podia ficar assim. Na linha da primeira analogia do dentista que fiz, era necessário que esse buraco fosse tapado. Podemos pensar que a quaresma é como um buraco que a Páscoa tapar, ou melhor, é um vazio se não for entendido em função da Páscoa.
Queria eu já vir com o buraco tapado, mas ainda não foi desta. O meu tempo e o do dentista não estão de acordo, da mesma hora que, como diria o pe. João André, a nossa hora não é a hora de Deus. Queremos tudo e rápido, porque se isso não acontecer, já deprimimos. É importante saber esperar pela hora certa, pela do dentista, mas principalmente pela hora de Deus.
A Páscoa está aí, preparemo-nos para que à semelhança do chumbo no dente, ela possa encaixar perfeitamente na nossa vida, sinal de que a queremos acolher e viver.

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