quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ainda alguém com bom-senso...


“Sou ateu (por convicção), assisti a duas missas (por favor) e nunca falei com um padre (por acaso). Por isso acho graça a certas pessoas que fazem questão de exibir desprezo pelas opiniões da Igreja e passam os dias a escrutinar as opiniões da Igreja, de modo a dedicar-lhes fúria ou galhofa. E desprezo, claro. Imagino que, à semelhança de uma temporada num spa, o exercício tenha efeitos retemperadores. Desde logo, permite aos iluminados pela descrença confrontarem o seu “progressismo” com a tradição religiosa e sentirem-se imensamente “modernos”, “racionais” e, vamos lá, superiores.
É por isso que essa gente aguenta calamidades sem se distrair do essencial: se Lisboa sofresse um terramoto de magnitude oito, os fundamentalistas ateus estariam no meio dos escombros, a criticar nos respectivos blogues as últimas declarações de um bispo qualquer sobre a homossexualidade. Não conheço católicos assim atentos à doutrina eclesiástica.
Ainda há dias, as notícias de que a economia nacional afocinhou para níveis quase inéditos foram, em alguns meios, ignoradas em favor de uma frase do cardeal patriarca acerca dos contraceptivos. Disse D. José Policarpo: “O preservativo é falível”.Num ápice, as caixas de comentários on line encheram- -se de comentários furiosos com a irresponsabilidade e o reaccionarismo do homem. Inchados com o seu íntimo esclarecimento, nenhum dos comentadores desmentiu um simples facto: o preservativo é falível.”
Dias Contados, no DN
Não percam o resto sobre o animado tema ”o preservativo e África”, e também as partes referentes à entrevista do nosso grande líder ou a essa encenação circense que foi a conferência da ONU contra o racismo.
Mais aqui

Sem comentários: