terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Como estamos de "jardinagem"

Um dia, o executivo de uma grande empresa contratou, pelo telefone, um jardineiro autónomo para fazer a manutenção do seu jardim.
Ao chegar a casa, o executivo viu que estava a contratar um garoto de apenas 15 ou 16 anos de idade. Contudo, como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.
Quando terminou, o garoto solicitou ao dono da casa permissão para utilizar o telefone e o executivo não pôde deixar de ouvir a conversa.
O garoto ligou para uma mulher e perguntou: “A senhora está a precisar de um jardineiro?”
“Não. Eu já tenho um”, foi a resposta.
“Mas, além de aparar a grama, frisou o garoto, eu também tiro o lixo.”
“Nada demais, retorquiu a senhora, do outro lado da linha. O meu jardineiro também faz isso.”
O garoto insistiu: “eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço.”
“O meu jardineiro também, tornou a falar a senhora.”
“Eu faço a programação de atendimento, o mais rápido possível.”
“Bom, o meu jardineiro também me atende prontamente. Nunca me deixa
à espera. Nunca se atrasa.”
Numa última tentativa, o menino arriscou: “o meu preço é um dos melhores.”
“Não”, disse firme a voz ao telefone. “Muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.”
Desligado o telefone, o executivo disse ao jardineiro: “Meu rapaz, perdeste um cliente.”
“Claro que não”, respondeu rápido. “Eu sou o jardineiro dela. Fiz isto apenas para medir o quanto ela estava satisfeita comigo.”
Pensemos agora num jardim banal, mas num jardim composto por afectos, amizade, amor, simpatia, alegria, tristeza, companheirismo, ódio, rancor, solidariedade etc… e no trabalho e na coragem deste novo jardineiro…
Ao falar do jardim das afeições, quantos de nós teríamos a coragem de fazer a pesquisa deste jardineiro?
E, se fizéssemos, qual seria o resultado? Será que alcançaríamos o grau de satisfação da cliente do pequeno jardineiro?
Será que temos, sempre em tempo oportuno e preciso, aparado as arestas dos azedumes e dos pequenos mal-entendidos?
Estamos a permitir que se acumule o lixo das mágoas e da indiferença nos canteiros onde deveriam concentrar-se as flores da afeição mais pura?
Temos lubrificado, diariamente, as ferramentas da gentileza, da simpatia entre os nossos amores, atendendo às suas necessidades e carências, com presteza?
E, por fim, qual tem sido o nosso preço? Temos usado chantagem ou, como o jardineiro sábio, cuidamos das miudezas das afeições com carinho e deixamo-las florescer, sem as sufocar?
In http://gjpajmv.no.sapo.pt/oracao.htm

1 comentário:

Anónimo disse...

Bem...acho que não sou a jardineira ideal...O meu jardim tem algumas ervas daninhas e não sou a pessoa mais personalizada e capaz...Mas sou eu!!E aprendemos a tratar dos nossos jardins com os erros que vamos cometendo ao longo da Vida!!Acredito que à medida que os anos vão passando...vou conseguindo criar um jardim mais bonito e Feliz!!Com a ajuda dos verdadeiros amigos...os jardins tornam-se muitos mais belos!!
Beijinho