sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Amigo Ricardo!





Falar de amigos não é fácil, mas falar do melhor amigo é ainda mais difícil. O Ricardo foi meu colega durante 9 anos. Entramos juntos no seminário menor, há 11 anos. Nos dias em que decorreu o exame de admissão ensinou-me a jogar ténis de mesa e por ser tão bom mestre, rapidamente foi ultrapassado pelo discípulo. Mas não foi isso o mais importante que o Ricardo me ensinou. A arte da vida que só determinadas pessoas dominam, a capacidade de comunicar o que pensamos, a força do pensamento que convence, a alegria de estar num mundo que temos de ajustar a nós, tudo isto é algo trivial para este amigo. Discutimos muito, íamos até à exaustão mesmo quando sabíamos que poderíamos não ter razão, só pelo gozo que nos dava pensar. A nossa amizade levou até a que nos chamassem os dois potes, não tanto pela forma física, mas pela proximidade de ideias, de ideais e por andarmos sempre juntos.
Foi uma bênção poder tão importantes anos da minha vida com alguém de tão grande nível. Aliás, o que eu já sabia está agora a ser comprovado pelos cargos que tem exercido na faculdade de Teologia da Universidade Católica, dos quais apenas destaco a sua nomeação para “Dux”, no ano anterior, que permitiu mostrar que as praxes podem ser, de facto, elemento de integração na vida académica, pois tudo decorreu com grande elevação. Mas este ano foi designado para organizar a bênção das pastas, função que exige alguém do mais alto nível quer pela complexidade organizativa, quer pela dificuldade em superar as expectativas dos mais de 30000 jovens presentes.
A par de tudo isto está a elaborar a sua tese de mestrado intitulada “existencialismo e teologia da esperança” que será certamente uma obra para referência futura.
Ricardo aqui fica a minha homenagem. Ah, isto tudo foi só porque o homem faz anos…lolol.. Parabéns.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ui, ui...
Gostava de conhecer esse tal Ricardo. Gostava de saber se o que afirmas condiz com a realidade. ;-)
No entanto, que fortuna maior não deve ter esse Ricardo, ao possuir um AMIGO que o chama AMIGO? Tudo o que ele, eventualmente, possa saber não o descobriu sozinho. E o que ele possa ser- tenho a certeza- é fruto daquilo que TU o ensinaste a ser... Aposto!

Abraço
Zé Cabra

P.S.- Surpreso por ver que o livro está a surtir efeito. LOL.